Os mapas para Orientação em BTT baseiam-se nas especificações para os mapas de Orientação Pedestre. No entanto, de modo a respeitar as necessidades específicas do mapa face à natureza da Orientação em BTT, foi necessário criar variações, suplementos e supressões relativamente à simbologia dos mapas de Orientação Pedestre.
Assim, foi criado o ISMTBOM (Especificação para Mapas de Orientação em BTT) que tem recebido sucessivas atualizações.
Como a circulação dos atletas é maioritariamente realizada por caminhos, só os pormenores que influenciem opções de percursos e localização, necessitam de ser representados no mapa.
Assim, por um lado os mapas de Ori-BTT têm de ter um sistema de classificação de caminhos mais detalhado; por outro, têm de omitir a maioria dos pormenores em terreno “livre” (fora dos caminhos) de modo a ser possível exagerar a rede de caminhos e carreiros e a simplificar a apresentação do relevo.
Classificação de caminhos
A Orientação em BTT requer duas classificações para caminhos e carreiros:
- Transitabilidade (ou Velocidade) do caminho;
- Largura do caminho.
Existem quatro classes para velocidade e duas classes para largura, num total de oito combinações.
Classificação da transitabilidade
Existem quatro níveis de classificação com intervalos de percentagem em relação à velocidade de circulação máxima numa superfície dura e plana (p.ex. alcatrão):
- Rápido (75-100%) (relativo à velocidade de circulação em piso duro e regular);
- Médio (50-75%);
- Lento (25-50%);
- Muito Lento (0-25%).
Classificação da largura dos caminhos
Existem dois níveis de largura dos caminhos:
- Mais de 1,5 metros de largura (estradão ou caminho largo): pode ser utilizado por veículos de quatro rodas, carros, tratores, etc. É sempre possível ultrapassar ou cruzar com outros ciclistas;
- Menos de 1,5 metros de largura (caminho estreito): muito estreito para um veículo de quatro rodas. Difícil ultrapassar ou cruzar com outros ciclistas.