Precisão

A precisão do mapa depende da exatidão das medidas (posição, altura e forma) e do desenho. As posições relativas dos elementos num mapa de Orientação deverão ser consistentes com as obtidas através de bússola e contagem de passos, ou seja, um objeto deverá ser posicionado no mapa com um nível de precisão tal, que o orientista em competição não encontre qualquer discrepância entre o mapa e o terreno. Geralmente, este objetivo é alcançado quando a distância para outros objetos vizinhos tenha um erro menor que 5%.

O valor exato da altitude absoluta é de pouca importância num mapa de Orientação. Por outro lado, é importante que o mapa indique, o mais corretamente possível, as altitudes relativas entre dois objetos vizinhos.

Uma representação exata do relevo é de grande importância para o orientista, visto que uma imagem detalhada e por vezes exagerada da forma do terreno é essencial para uma boa leitura do mapa. No entanto, deve evitar-se a inclusão em demasia de pequenos detalhes de forma a não se esconder os elementos principais.

Generalização e legibilidade

Um bom terreno de Orientação deverá conter um grande e variado número de elementos. Aqueles que sejam essenciais ao orientista em competição deverão ser representados no mapa. Para conseguir este objetivo de modo a que o mapa seja legível e fácil de interpretar, é necessário aplicar uma generalização cartográfica. Existem duas fases de generalização: generalização seletiva e generalização gráfica.

Generalização seletiva é a decisão de quais os detalhes e elementos do terreno que deverão ser apresentados no mapa. Duas considerações importantes influenciam esta decisão: a importância do elemento do ponto de vista do orientista e a sua influência na legibilidade do mapa. Estas duas considerações são, por vezes, incompatíveis, mas a legibilidade nunca deverá ser sacrificada a favor da apresentação em excesso de pequenos detalhes ou elementos no mapa. Como tal, é necessário, no trabalho de campo, definir tamanhos mínimos para muitos tipos de detalhes. Estes tamanhos mínimos poderão variar consideravelmente de um mapa para outro de acordo com a quantidade existente dos detalhes respetivos. No entanto, a consistência é uma das mais importantes qualidades de um Mapa de Orientação.

A generalização gráfica pode afetar bastante a clareza do mapa. São utilizados para este fim a simplificação, o deslocamento de posição e o exagero de dimensões.

Para uma boa legibilidade é essencial que o tamanho dos símbolos, a espessura das linhas e o espaço entre elas sejam bem visíveis à luz do dia. Na criação dos símbolos, deverão ser considerados todos os fatores, exceto a distância entre símbolos vizinhos. A dimensão do elemento mais pequeno representado no mapa depende, por um lado, das qualidades gráficas do símbolo (forma, formato e cor) e, por outro, da localização relativa dos símbolos vizinhos. Para elementos muito próximos, que ocupem mais espaço no mapa que no terreno, é essencial que seja mantida a correta relação entre estes e outros elementos vizinhos.


Conteúdo adaptado do Livro “Orientação – Desporto com pés e cabeça”