A bússola é o único auxiliar permitido para ajudar na orientação, embora não seja obrigatório. Por exemplo, em diversas fases da formação de jovens é importante não utilizar bússola.
Uma bússola é um aparelho com uma agulha magnética que é atraída para o polo magnético terrestre. Os atletas utilizam-na para orientar o mapa para norte fazendo coincidir a agulha da bússola com as linhas de norte presentes no mapa.
Os mapas são produzidos orientados para o norte magnético e não para o norte geográfico. Como tal, os atletas em prova não têm de fazer qualquer correção para compensar a diferença existente entre os dois.
Existem bússolas próprias de competição que se transportam presas ao dedo e diretamente em cima do mapa. No entanto, mesmo em competição, pode ser utilizada qualquer tipo de bússola.
No hemisfério sul as bússolas têm de ser diferentes das utilizadas no hemisfério norte, devido à diferente influência do campo magnético terrestre entre os dois hemisférios.
Os Polos Magnéticos
O fenómeno que faz a agulha da bússola apontar na direção Norte-Sul é o magnetismo terrestre. A Terra é como um íman gigante. Apesar de o magnetismo ter sido descoberto há muito tempo, a sua utilização como auxiliar de orientação é bastante mais recente.
Origem da Bússola
Os Chineses terão sido os primeiros a explorar o fenómeno do magnetismo para indicar o Norte (ou o Sul). “Si Nan” (Si = “Apontar para”; Nan = “Sul”) é considerada como a primeira bússola e consiste numa pedra magnética, esculpida em forma de concha, cuja pega aponta para Sul.
De acordo com alguns escritos chineses, as primeiras bússolas, (desenvolvidas a partir da “Si Nan”) foram utilizadas no mar por volta do ano 850. A invenção foi então espalhada para o ocidente por astrónomos e cartógrafos.
A bússola foi desenvolvida através dos séculos e conheceu um avanço considerável quando se descobriu que uma peça fina de metal (agulha) podia ser magnetizada podendo depois ser envolvida e encerrada num invólucro cheio de ar e transparente, ficando assim a agulha protegida.
Inicialmente, as agulhas das bússolas demoravam muito tempo a estabilizar. As bússolas modernas são instrumentos de precisão e a sua agulha, agora geralmente encerrada num invólucro cheio de líquido, rapidamente aponta o norte (ou o Sul no hemisfério Sul).
Tipos de bússola
Bússola de polegar
Uma bússola de polegar é mais fácil de usar em combinação com um mapa, pois é amarrada ao redor do polegar enquanto segura o mapa na mesma mão.
A bússola de polegar é desenhada para se ajustar naturalmente à mão e ao polegar e manter o contato com o mapa.
As bússolas de polegar existem em versões para a mão esquerda (para destros) e versões para a mão direita (para canhotos), com agulhas largas ou estreitas. Apresentam também diversos designs e funcionalidades – agulhas rápidas ou lentas, com cápsula rotativa ou fixa.
A maioria dos orientistas destros usa a bússola da mão esquerda, mas alguns sentem mais natural usar a de mão direita. Quando se começa a praticar Orientação vale a pena pensar um pouco sobre o que funcionaria para cada um.
Ao comprar uma bússola, também é necessário adquirir uma que seja balanceada para a zona magnética da sua localização (hemisfério norte ou sul). Uma bússola que funciona bem na Europa e na América do Norte, não funcionará adequadamente no Brasil ou na Austrália.
Bússola de placa de base
Durante os últimos anos, a bússola de placa perdeu a sua popularidade e a maioria dos orientistas mudou para bússolas de polegar, no entanto, há quem continue a preferir este tipo de bússola.
As funcionalidades básicas da bússola de placa de base são as mesmas da bússola de polegar, pois possui uma agulha, geralmente com marcações vermelhas e brancas (ou similares), indicando as direções norte e sul.
No entanto, estas bússolas normalmente permitem a determinação de azimutes de uma forma mais precisa. Como desvantagem têm o facto de serem menos práticas que as de polegar.
Conteúdo parcialmente adaptado do Livro “Orientação – Desporto com pés e cabeça”