Para cada treino foram colocados textos da autoria dos próprios atletas (exceto para o último dia).
Podem consultar os mapas no fim de cada texto.
Podem consultar aqui todos os resultados (zip).
Noite de 2ª feira (Ginásio)
Após um longo período de 9 meses sem qualquer estágio para seleção ou para os jovens, por parte da FPO, deu-se na noite de segunda-feira, dia 11 de Abril, inicio ao 3º OriJúnior de Orientação Pedestre, em Arraiolos. Este, em particular, destina-se aos jovens entre os 14 e os 20 anos, com já alguma experiência na modalidade, pretendendo formar e aperfeiçoar aqueles que, num futuro próximo, poderão representar o nosso país nas competições internacionais.
E nada melhor para introduzir entre si os 27 participantes do que uma brincadeira de Ginásio-O. Poderão pensar que esta diferente vertente da orientação não terá grande interesse ou aplicação prática, mas acreditem que navegar num pavilhão, às escuras, de frontal, com muitos pontos, pode tornar-se deveras desafiante. Assim, após uma atividade inicial com perguntas simples sobre a modalidade (onde mesmo assim houve algumas respostas hilariantes, ainda para mais quando o Campeonato do Mundo do Desporto Escolar este ano é na Suécia), seguiram-se duas mini-competições de Ginásio-O, que, pelo interesse que despertaram, decorreram todas as noites no decorrer do estágio.
Amanhã, terça-feira, começa o treino mais a sério, num estágio que terminará na tarde dia 14, num total de 7 sessões de treino nestes terrenos que circundam a vila de Arraiolos.
(por Miguel Ferreira)
Manhã de 3ª feira (Pastaneira – Corredores)
O dia iniciou-se com a primeira reunião e abertura oficial deste estágio. Será seguro afirmar que depois desta todos nos sentimos mais motivados para fazer sempre mais e melhor em prol da modalidade e de nós próprios. Seguidamente, partimos rumo à pastaneira para um simples mas sempre aliciante treino de corredores.
Embora o terreno e o mapa não representem grandes dificuldades técnicas, a atividade foi muito bem conseguida, na medida em que foi a primeira e se revelou ideal para os objetivos propostos. Os jovens tinham à escolha um percurso curto (só com corredores) ou um percurso maior (com alguns pontos para azimute). É de salientar a garra dos mais novos e, à partida, mais inexperientes, que não hesitaram em realizar a totalidade do treino.
(por Fábio Silva)
Ver mapa com percurso.
Tarde de 3ª feira (Gafanhoeira – Multitécnicas)
Após o almoço dirigimo-nos para o mapa da Gafanhoeira onde fizemos um treino de multitécnicas. Achámos este treino muito interessante porque exige muita concentração do inicio ao fim. O treino começava com um percurso de linha em que tínhamos de prestar atenção a muitos pormenores e saber sempre onde estávamos para não desviar da linha marcada, de seguida tivemos um treino de corredores que tinha como objetivo conseguir ler apenas a informação dada, e depois de alguns quilómetros ainda fizemos um treino de janelas onde tínhamos de confiar na bússola e tirar a direção correta para o próximo ponto, já que não tínhamos qualquer referência no mapa, ao longo do trajeto. Depois deste treino, que é o mais longo de todo o estágio, ficámos muito cansados e só com uma boa jantarada no restaurante “Forjador”, conseguimos recuperar da nossa fome e cansaço.
De volta ao pavilhão, reunimo-nos para discutir as nossas opções e falhas durante o treino.
(por Beatriz Moreira e Carolina Delgado)
Manhã de 4ª feira (Cabeção – Curvas de Nível, Círculo e Corredores)
No dia 13 de Abril, de manhã, realizámos dois treinos bastante distintos. Um denominado ‘’Círculo’’ em que tínhamos que nos orientar apenas e só pelas curvas de nível e não tínhamos a disponibilidade de usar bússola. Para nós este é um dos treinos mais importantes a realizar, pois se em situação de competição tivermos apenas a referência de curvas de nível conseguimos desenrascar-nos mas sem a presença destas isto torna-se quase impossível. Até agora este foi o treino que mais gostámos, pois pôs-nos imenso à prova e tínhamos que estar com muita concentração e cuidado para não nos perdermos. E também para não ligarmos aos elementos presentes no terreno, que obviamente não estavam no mapa, visto que este apenas continha curvas de nível.
O segundo treino intitulado ‘’Corredores’’ consistia em percorrer, em forma de ‘’lagarta’’ o espaço visível no mapa, tendo só a informação que este nos facultava. Neste, por sua vez, já nos podíamos guiar por todos os elementos do mapa. Estes dois percursos começavam e terminavam no mesmo local, o que nos permitia, sempre que necessário, voltar atrás e retomar o percurso se tivéssemos alguma dúvida.
(por Inês Alves e Maria Firmino)
Ver mapas: percurso azul ; percurso magenta
Tarde de 4ªfeira (Gafanhoeira – Extreme Orienteering)
No treino da tarde do 3º Dia do 3º OriJúnior, dirigimo-nos ao Sabugueiro, a fim de realizar um treino de distância média.
Este treino, segundo o que fomos alertados iria ser um treino extremamente exigente a nível técnico. As dificuldades fizeram-se sentir e como o nome do mapa indica (A Mancha), existia imensa vegetação, que não só dificultava a progressão como também nos exigia a ter uma leitura do mapa precisa, pois a visibilidade era bastante reduzida. São estes tipos de treino que aperfeiçoam a nossa capacidade de leitura e simplificação.
Como complemento, não gostaria de deixar de referir o aspeto da alimentação, que tem sido quer em termos de quantidade e qualidade, divinal. Os meus parabéns aos cozinheiros!
(por Pedro Silva e Filipe Augusto)
Manhã de 5ªfeira (Gafanhoeira – Estafetas um atleta)
Para encerrar, como já vem sendo hábito, organizou-se uma estafeta. No entanto, e principalmente devido ao número reduzido de atletas, desta vez optou-se por uma estafeta de um homem, que consiste num percurso com características semelhantes às das combinatórias das estafetas, mas em que os vários percursos vão sendo feitos sempre pelo mesmo atleta. Dividiu-se os atletas em 3 grupos consoante a sua valia técnica e física, se forma a tornar os grupos homogéneos para aumentar a competitividade. Por não ser necessário passar o testemunho, os percursos da estafeta não eram circulares, fazendo com que os atletas fossem avançando ao longo do mapa.
Para que os atletas que se começassem a atrasar ou a adiantar não deixassem de competir diretamente com os restantes (para criar constantemente pressão e simular de forma mais real uma estafeta), ao fim de cada um dos três percursos, esperava-se que chegassem todos os atletas do grupo antes de se dar nova partida. Nesta variante, não ganha quem chega em primeiro no último percurso, mas sim quem fez melhor tempo no somatório dos três percursos. E efetivamente esteve ao rubro a competição e a emoção em todos os três grupos!
(por António Aires)
Ver mapa com percursos (incluindo todas as variantes)